Clima organizacional

O estudo do termo clima organizacional tem como missão principal a compreensão das necessidades, preocupações e percepções dos colaboradores de determinada empresa. O interesse em clima organizacional iniciou-se na década de 1930 e aumentou bastante durante a década de 1960. A literatura mostra diversas definições para esse termo, como: apoio organizacional percebido”(EISENBERG; HUNTINGTON, 1986),[1] “a estrutura da organização”(PAYNE; PUGH, 1976)[2] e “o grau de similaridade entre as expectativas da organização e as dos empregados” (GLICK, 1985).[3]

O conceito de clima organizacional deu início a uma nova perspectiva da Administração, ao buscar explicações para o desempenho do trabalho humano, por meio de relações entre o clima organizacional e outros aspectos relevantes do cotidiano, como liderança, satisfação, ética, motivação,rotatividade, entre outros (OLIVEIRA,1996).[4] Kolbet al (1978)[5] identificou outros aspectos relacionados ao conceito, como conformidade, padrões, recompensas,responsabilidade, apoio, clareza organizacional e calor humano.

Essa ferramenta permite a empresa uma visão geral de como está o ambiente organizacional, por meio da percepção dos empregados é possível identificar os pontos positivos e os negativos, com isso buscar o aperfeiçoamento para manter um bom nível de produtividade.

O que a prática tem demonstrado é que há uma relação direta entre o clima do ambiente de trabalho, a produtividade, a capacidade de inovação e, consequentemente, o lucro. Um estudo conduzido pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) validou este conhecimento essencialmente empírico ao demonstrar que entre 1997 e 2005 as Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil apresentaram retorno 170% acima do Ibovespa e rentabilidade do patrimônio líquido de 17,8%, resultado superior à média das 500 Maiores Empresas do Brasil(11,3%).

O estudo revela que o mercado brasileiro está definitivamente deixando para trás a era em que os ativos tangíveis, como máquinas e estoques, eram os únicos que movimentavam a economia. Estamos entrando num território altamente complexo e subjetivo, onde as pessoas - suas crenças, valores, comportamentos e relacionamentos - passam a ser determinantes para o sucesso ou o fracasso do seu negócio.

  1. EISENBERGER, R.; HUNTINGTON, R.; HUTCHINSON, S.; SOWA, D. (1986). Perceived organizational support. 71. [S.l.]: Journal of Applied Psychology. pp. 500–507 
  2. Payne, R., and Pugh, D.S. (1976). Marvin Dunnette, ed. Organizational Structure and Climate, in Handbook of Industrial Organizational Psychology. [S.l.]: Rand McNally. pp. 1125–1173 
  3. Glick, W. H. (1985). Conceptualizing and measuring organizational and psychological climate: pitfall in multilevel research. 10. [S.l.]: Academy of Management Review. pp. 601–616 
  4. OLIVEIRA, W. M. (1996). Perfil analítico-descritivo da pesquisa sobre clima organizacional em Instituições de Ensino Superior. São Paulo: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo 
  5. KOLB, D. A; RUBIN, I. R.: McINTYRE, J. M. (1978). Psicologia organizacional: uma abordagem vivencial. São Paulo: Atlas 

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